Sim, todos sabemos que ela exagerou muitas vezes. Mas não podemos esquecer que ela resgatou a estética dos clássicos da soul music dos anos 60 pra transformar no seu segundo álbum Back to Black, em 2006, álbum esse que guarda o superhit "Rehab" e que foi vencedor de cinco prêmios Grammy. E que ganhou o status de diva máxima, criou um combo figurino + maquiagem + cabelo simplesmente inconfundíveis: aquele seu allure decadente que intrigou muita gente, inspirou o mundo da moda com modelos travestidas de Amy Winehouse e até foi convidada pra assinar uma linha de roupas. No entanto, seu grande talento e suas canções incríveis ofuscaram-se mediante os relatos de constante uso de drogas, problemas com a lei e um casamento muito turbulento. Resultado: as polêmicas pessoais envolvendo a cantora Amy Winehouse se tornaram mais constantes que as notícias exaltando suas músicas. E essas notícias já eram mais tristes que a notícia de sua morte.
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Capa de seu segundo álbum "Back To Black" |
O que ouvimos agora é que todo mundo já esperava que isso fosse acontecer. E assim como Kurt Cobain, Janis Joplin, Jim Morrison, Jimi Hendrix, Kurt Cobain e Brian Jones, Amy morreu com 27 anos e entrou para o “Clube dos 27″, título dado para os grandes talentos que faleceram nessa idade.
Daí será que todos se perguntam o que mais eles tinham em comum, além do talento? Por quê todos eles morreram cedo (além da coincidência da idade)? Pra mim, foi porquê eles não viam e sentiam o mundo da mesma forma que a maioria, vivendo a vida no limite, representando o que definimos como verdadeiros artistas, no sentido mais puro do termo. Além do que também podiam contar com uma mídia monstruosamente incansável e cruel, a mesma mídia que não tem tempo pra esperar nenhum artista se recuperar, pois tem pressa em faturar. E que continuará destruindo grandes artistas, assim como fez com muitos outros que não morreram com 27 anos. Mas o que será que os laudos acusaram como causa de morte?
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Amy Winehouse e seu ex-marido Blake Fielder-Civil durante o MTV Movie Awards em Los Angeles, California, em 03 de Junho de 2007. |
Toda a sinceridade e intensidade da Amy refletiu nas suas obras, música e história de vida, levando à idolatria, admiração e até mesmo à incompreensão de muitos ouvintes já desacostumados com a maestria no quesito musical e performático.
Acredito que vai demorar até aparecer uma outra personalidade que seja capaz de surpreender quem teve a sorte de viver pra ver o que Amy Winehouse nos apresentou. Ficamos muito mais exigentes.
R.I.P. in the stars, Amy.
Arrasou!
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